A telefonia em nuvem mudou a forma como as empresas se comunicam, oferecendo escalabilidade, eficiência e flexibilidade como nunca antes. E o mercado segue em crescimento acelerado: segundo o IDC Brasil, os investimentos em serviços de nuvem, incluindo telefonia, devem aumentar cerca de 36,6% até 2025.
Já um estudo do Gartner aponta que, até lá, 85% das empresas já terão migrado para soluções de computação em nuvem, incluindo telefonia. Mas há um ponto essencial nesse avanço: garantir que o serviço esteja sempre disponível. Afinal, interrupções podem prejudicar tanto a produtividade quanto a experiência dos usuários.
E como garantir essa estabilidade? Com redundância e alta disponibilidade. A redundância é como um plano B sempre pronto para entrar em ação: se um componente falha, outro assume seu lugar automaticamente. Já a alta disponibilidade foca em manter o serviço no ar o tempo todo, reduzindo ao máximo qualquer possibilidade de queda.
Uma das estratégias mais eficazes é distribuir a telefonia em nuvem entre vários data centers, o que evita que um problema localizado derrube o sistema inteiro. A replicação de dados em tempo real garante que nenhuma informação seja perdida, mesmo em situações críticas, assim como testes frequentes são fundamentais para garantir que tudo funcione como esperado em caso de falhas.
Outro ponto-chave é o failover e o balanceamento de carga. O primeiro faz com que, se um servidor ou gateway sair do ar, o tráfego seja redirecionado para outro sem interrupções. Já os balanceadores distribuem as solicitações entre vários servidores, evitando sobrecargas e garantindo um desempenho estável.
A conectividade também merece atenção. Contar com múltiplos provedores de internet reduz o risco de ficar sem serviço. Outro aliado importante é o monitoramento contínuo. Ferramentas de diagnóstico permitem acompanhar, em tempo real, métricas como latência, jitter e perda de pacotes. Com sistemas de alerta automatizados, qualquer falha pode ser detectada antes mesmo de impactar os usuários. Além disso, o uso de inteligência artificial e análise preditiva ajuda a identificar possíveis problemas antes que eles aconteçam.
A implementação de protocolos robustos também faz toda a diferença. O SIP Failover, por exemplo, garante que chamadas sejam redirecionadas automaticamente em caso de falha. O uso de RTP redundante reduz perdas de pacotes de voz, enquanto o Session Border Controller (SBC) com failover protege o tráfego de comunicação contra ataques.
Por fim, um bom plano de recuperação de desastres é indispensável. Backups automáticos e a replicação de dados em locais diferentes evitam perdas críticas. E, claro, testes periódicos garantem que tudo funcione corretamente quando for realmente necessário.
Escolher um provedor de telefonia em nuvem que valorize esses aspectos é essencial. Além de garantir uma infraestrutura robusta, ele deve ser capaz de implementar soluções inovadoras que atendam às necessidades de cada empresa. Isso não só minimiza o risco de interrupções, mas também mantém a competitividade, garantindo que a comunicação seja sempre eficiente e confiável.
Com as melhores práticas de redundância, alta disponibilidade e monitoramento contínuo, a telefonia em nuvem se torna uma ferramenta poderosa para manter as empresas conectadas e garantir que a comunicação aconteça de forma eficiente e sem interrupções. Ao seguir essas estratégias, fica mais fácil aproveitar todos os benefícios da nuvem enquanto se mantêm a estabilidade e a confiabilidade, essenciais para o sucesso.
*por Leandro Motta, COO do Grupo C&M, empresa formada pela C&M Executive, Vocom e Appego Coffee.