No texto anterior, Emerson Carrijo, Ceo do grupo C&M, destacou como os KPIs (indicadores) são elementos complementares às principais ferramentas de gestão para fazer planejamento estratégico, pois possibilitam, através de métricas, que as empresas acompanhem e mantenham a produtividade, além do alinhamento com as metas estabelecidas.

Emerson Carrijo, nesta publicação, vai apresentar exemplos de empresas bem sucedidas no segmento industrial que recorreram ao planejamento estratégico, reforçando a importância dos indicadores.

Ele selecionou como exemplo de planejamento estratégico que faz uso de indicadores, para fugir um pouco do segmento do comércio e da prestação de serviço, o que aconteceu na indústria de calçados recentemente.

Sabe-se que a região de Franca (São Paulo) é muito rica e conhecida mundialmente pela força na exportação de café e de calçados.

Por ser também um grande polo calçadista, alguns líderes no mercado são dessa região e esses, durante a pandemia, mesmo já com estabilidade financeira, precisaram se preocupar e enfrentar a queda nas vendas.

Com as lojas fechadas e as pessoas não saindo de casa, caiu o interesse por calçados. Além disso, Emerson acrescenta que esse setor industrial (e muitos outros) não é um tipo de negócio que pode contar com a recorrência dos contratos (mensalidades) como é o caso da C&M e outras empresas de prestação de serviço.

Por isso, algumas indústrias do setor, mesmo as que já estavam no mercado há muitos anos, buscaram iniciativas positivas respaldadas em indicadores.

Apesar de a China fabricar e entregar sapatos muito baratos (sem a mesma qualidade, é claro) e assim ter força nesse mercado, muitas das fábricas da região de Franca, com muita experiência e até mesmo ousadia, buscaram nos indicadores as informações precisas para reagirem e sobreviverem na pandemia.

Através dos indicadores obtiveram respostas que as asseguraram lidar com a crise e a concorrência “desleal”. Esses permitiram diagnosticar a quantidade necessária de funcionários, se compensava dispensar alguns para recorrerem ao auxílio do governo, se compensava instalar máquinas que faziam o serviço de três pessoas e contratar profissional mais qualificado para lidar com a nova tecnologia, se seria mais vantajoso levar a fábrica para outra cidade etc.

Alguns dos proprietários dessas empresas chegaram a levantar a quantidade de couro que uma máquina de corte realmente precisava para não ocorrer perdas/prejuízos, assim como a quantidade de retalhos que poderia ser reaproveitada. Ajudaram até a orientar os fabricantes dessas máquinas de corte para desenvolverem modelos mais modernos, que otimizariam os processos de fabricação do setor.

Portanto, esses gestores, seguindo as métricas apresentadas pelos indicadores, conseguiram até promover e ampliar o mercado de outros gestores: fabricantes de máquinas de corte a laser, que melhoraram o nível de desperdício e economia de matéria prima.

Vale observar que esse setor começou a se movimentar devido a segurança que os indicadores trouxeram para o segmento. Há casos de fábricas grandes que chegaram a levar a produção para o Nordeste e que mudaram a estratégia comercial. São exemplos de fábricas guerreiras que conseguiram acompanhar os desafios apresentados pelo mercado, evoluindo rapidamente.

Agora, que você conhece um ótimo exemplo de planejamento estratégico, explorado até por empresas estáveis e com anos de existência (que passam de gerações para gerações), que tal oferecer à sua empresa essa mesma segurança e potencial de evolução que só os indicadores podem proporcionar?

Torne-se você também uma referência no mercado! Faça planejamento estratégico para o seu negócio crescer de forma organizada, segura e contínua.

Confira a entrevista: